segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

TCM INSTRUI PREFEITOS DE PRIMEIRA VIAGEM

GESTORES SÃO ORIENTADOS PELO TCM QUANTO AO USO DOS RECURSOS NOS MUNICÍPIOS 
Dúvidas e dificuldade de lidar com a máquina pública, sobretudo no início de gestão, não faltam para os novos prefeitos do Pará. A ordenação financeira ainda é o principal problema para a maioria das novas administrações municipais, já que parte delas começa o mandato no vermelho. Para alinhar essas e outras questões, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) reuniu prefeitos e presidentes de câmaras municipais, na sexta-feira, 1º, a fim de tirar dúvidas quanto aos problemas técnicos enfrentados nas municipalidades. Durante o evento, o presidente do TCM, José Carlos Araújo, anunciou a prorrogação dos prazos para vigorar a aplicação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) e das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP), bem como a mudança no prazo de entrega das Leis Orçamentárias Anuais relativas a 2013.
Conforme o presidente do TCM, o trabalho pedagógico é constantemente feito pelo Tribunal. "A constituição permite que qualquer cidadão seja candidato. Ou seja, quando ele ganha, este prefeito pode não ter a experiência da administração pública, bem como seus técnicos. Então é importante que eles sejam qualificados", argumenta, frisando que a corte de contas municipal primeiro orienta, para depois cobrar a correta aplicação dos recursos. Ele diz que também é importante a população integrar a gestão municipal, a partir dos controles sociais, e participar das administrações de suas cidades. Quanto ao evento, Araújo destaca quatro principais pontos importantes. "O primeiro deles é a importância do controle interno. Sem controle interno, o prefeito não consegue gerir, porque não há domínio sobre a aplicação dos recursos", revela.
O presidente do TCM também lembrou que a nova Lei Orgânica aprovada pelo Tribunal em 2012 apresenta mudanças significativas. "Antigamente era com 15 dias o primeiro recurso. Agora o prazo do recurso de consideração foi ampliado. Já o recurso de revisão, que era de cinco anos, hoje é de dois anos", explica, esclarecendo que os novos gestores terão suas contas julgadas na própria gestão.
Prestação de contas e regras de licitação serão temas de curso Continue lendo...
Um terceiro ponto refere-se a prestação de contas, dada à nova contabilidade. "A partir de 2014, haverá um novo modelo de prestação de contas", diz. Por último, Araújo diz que estão sendo instituídos dez polos de cursos de extensão, preparando os gestores municipais, em temas como meio ambiente, prestação de contas, licitação, entre outros. "Esses cursos terão diplomas da UFPA (Universidade Federal do Pará). Precisamos agora identificar quais serão os municípios sedes destes treinamentos, que devem ocorrer sempre nos finais de semana", assevera.
As principais dúvidas, segundo aponta Araújo, estão relacionadas aos processos licitatórios e aos decretos relacionados a salários de prefeitos e vereadores. "Grande parte das prefeituras decretou estado de emergência. Para decretar emergência em um município, o prefeito tem que saber que não pode fazer tudo por emergência. Suspender licitação por conta disso tem que ser informado ao Tribunal. É preciso ver se não foi superfaturado", comenta. Entre os palestrantes que ajudaram a sanar as dúvidas dos prefeitos, o diretor adjunto de Apoio aos Municípios, Cleber Mesquita, que falou sobre a Nova Lei Orgânica do TCM. "Queremos alertá-los para as últimas mudanças que aconteceram quanto à forma de prestar contas do Tribunal, bem como a apresentação dos novos prazos e formalidades", argumenta.
"As leis estão constantemente mudando e sempre há coisas novas. Nada mais importante que o TCM, órgão não apenas responsável por punir, mas que também tem o papel de nos preparar, realizar uma reunião como esta logo no início da nova gestão", destacou o prefeito municipal de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB).(Amazônia – ORM)

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