quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

DEPUTADO SANTARENO LEMBRA FEITO HISTÓRICO DE ALMIR GABRIEL PARA OS SANTARENOS

DEPUTADO NÉLIO AGUIAR PMN PRESTA HOMENAGEM A ALMIR GABRIEL
O deputado Nélio Aguiar PMN, fez nesta terça (19) na Assembleia dos Deputados em Belém, referências ao Tramoeste, linhão de Tucuruí trazido para Santarém pelo ex-governador Almir Gabriel que morreu na terça feira (19 de fevereiro de 2013).
Santarém passava na época por problemas graves de racionamento de energia, falhas na distribuição pela Hidrelétrica de Curuá Una, fez com que a cidade passasse por um longo período de apagões, foi então que Almir Gabriel solucionou o problema, trazendo o Tramoeste para Santarém, lembrou o deputado.
Almir governou o Pará de 1995 a 2003, foram oito anos no comando do estado com muitas realizações importantes para os paraenses, incluindo aí, a Alça Viária, ponte que liga Belém ao restante dos municípios do estado, obra importante de integração regional. (Espalha Brasa)
LÍDER DO PSDB NA ASSEMBLEIA COMUNICOU A MORTE DE ALMIR GABRIEL. PARLAMENTARES FALARAM SOBRE EX-GOVERNADOR.
A morte do ex-governador Almir Gabriel foi anunciada, ontem, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), pelo líder do PSDB na Casa, deputado José Megale, logo no início da sessão ordinária de ontem. O parlamentar subiu à tribuna para transmitir a notícia aos seus colegas. As votações que estavam previstas foram imediatamente suspensas pelo presidente da Assembleia, Márcio Miranda (DEM), e os trabalhos seguiram apenas para os pronunciamentos dos deputados que relataram momentos vividos ao lado de Almir; falaram sobre as características do médico e transmitiram palavras de conforto à família.
Uma das últimas a se pronunciar, Tetê Santos (PSDB) ficou atenta em todos os discursos e era, visivelmente, a parlamentar mais abalada com a notícia do falecimento do ex-tucano, chegando a chorar em plenário. "Ele, durante toda a sua vida, fez história, trabalhou muito, se dedicou muito na condição de homem público, mas principalmente de profissional".
Tetê lembrou ter conhecido Almir quando ele era secretário de Saúde e ela ajudava mulheres em trabalho de parto na região da Transamazônica. "O assessor dele dizia: ‘Vocês não marcaram audiência’. Mas aí Almir aparecia e dizia: "Vocês não precisam marcar audiência, porque vieram de tão longe". E foi assim que eu tive o privilégio de conhecer o Almir".
Foi decretado luto oficial na Alepa e hoje não haverá novamente sessão, apenas a formação das comissões permanentes. "O Dr. Almir fez história no Pará como médico e, depois, como homem público", ressaltou o presidente da Casa, Márcio Miranda, que também contou um pouco soube a trajetória do ex-governador. "Deixou um legado imenso de obras estruturantes e criou, no Pará, um segmento político", reforçou.
Miranda disse que na sua primeira campanha política tinha Almir ao lado. "Ele era transparente na forma de agir e todas as ações dele eram muito firmes. Houve momentos de campanha que ele controlava o nosso tempo com relógio. Como governador, também tinha o relógio em cima da mesa nas reuniões. Mostrou que é possível conduzir os trabalhos com ética e com firmeza", enfatizou.
Líder tucano na Assembleia, Megale falou sobre as principais características de Almir Gabriel, destacando o compromisso que o médico tinha com a verdade. "Ele era também muito determinado em tudo e buscava a perfeição, a qualidade. Um visionário. Aí está o Aeroporto (Internacional de Belém), Estação das Docas, Mangal das Garças, Feliz Lusitânia, que fez com que Belém tivesse outro momento. Ele foi um político que buscou a mudança da qualidade política do Estado, imprimir ética na política e fazer com que os serviços fossem públicos e não para benefício pessoal", disse.
Parlamentares que já foram adversários políticos de Almir Gabriel ou pertencem a partidos cujas ideias divergem do PSDB, legenda que o médico ajudou a fundar e passou maior parte de sua vida pública, também se pronunciaram, destacando a perda que a morte do ex-governador representa para o Estado. Edmilson Rodrigues (PSOL), por exemplo, lembrou que apesar das divergências, ambos lutaram contra a ditadura militar e em defesa da democracia e da liberdade. "As críticas não devem se sobrepor ao reconhecimento da importância histórica que teve Almir Gabriel", destacou.
Líderes de diferentes partidos reconhecem importância histórica
O presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Márcio Miranda (DEM), chegou ao velório do ex-governador Almir Gabriel (PTB), no Palácio Lauro Sodré, no início da tarde de ontem. Ele destacou que Almir foi um homem de grandes realizações. "Lembro do homem turrão, que, por vezes, tinha uma firmeza militar, mas que, por outras vezes, era afável e generoso. Ele superou desafios, enfrentou uma administração em situação difícil e saiu aclamado, pois fez obras estruturantes. Foi um exemplo de homem íntegro e chegou ao final da vida com poucas posses", ressaltou. O ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), desembargador Milton Nobre, lembrou ter sido o último desembargador a assumir por nomeação de Almir Gabriel. "O Pará perdeu um homem público honesto e decente", declarou.
Também no velório, o empresário Lutfala Bitar afirmou que Almir entra para a história como um "grande administrador" que, como prefeito e governador, investiu em infraestrutura, turismo, social e no esporte e lazer, e que também foi "extraordinário" como constituinte, quando senador. O episódio também foi lembrado pelo deputado estadual Alfredo Costa (PT), que esteve no velório, assim como o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL) e a ex-deputada e ex-prefeita de Santarém Maria do Carmo (PT). Almir foi relator da subcomissão da Ordem Social, da Constituição Federal, que instituiu a Previdência Social do Brasil (1988). Alfredo disse que, apesar da "oposição ferrenha" feita durante o governo Almir, reconhece que ele teve um "papel fundamental na história do Pará".
Integridade é ressaltada no parlamento
Vários parlamentares se pronunciaram ontem na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), como os petistas Valdir Ganzer, Carlos Bordalo e Airton Faleiro. Faleiro recordou que nas eleições de 1990, quando o PT se aliou a Almir Gabriel, então candidato ao governo que sairia derrotado naquele ano, algumas facções do partido não concordavam com a aliança. Foi quando o ex-presidente Lula fez um pronunciamento para seus correligionários paraenses. "Ele disse: ‘Eu conheço o Dr. Almir Gabriel e digo que a marca dele é de um político íntegro’. Se você perguntar hoje ao presidente Lula, ele dirá que Almir é uma pessoa que se foi, mas tem uma história íntegra como político e como cidadão", afirmou o petista.
O deputado Augusto Pantoja (PPS) destacou o papel importante que Almir Gabriel teve no período da redemocratização. "E ele soube atender os anseios da população paraense. Em momentos de sua vida, ele soube unir as forças do Pará em defesa da população. É nesse momento que nós identificamos as grandes lideranças, como foi o Dr. Almir", declarou.
Para Ítalo Mácola (PSDB), Almir Gabriel mudou a face do Estado do Pará. "Não tenho dúvidas de que ele foi professor de muitos, não só pela sua honradez, mas pela perseverança e fanatismo que tinha pelo Estado do Pará. É um homem que merece estar destacado entre os destacados", concluiu.
Manoel Santino: "O Pará perde um de seus grandes filhos"
A deputada Tetê Santos (PSDB) chorou copiosamente no velório de Almir Gabriel. "Eu conheci o Dr. Almir quando ele era secretário de Saúde e eu, líder comunitária. Juntos, conseguimos implantar o primeiro hospital do Estado na rodovia Transamazônica, em São Domingos do Araguaia. Ele me apoiou quando fui prefeita de Brejo Grande do Araguaia e me convocou para vir a deputada estadual, em 1994. Minha carreira política está totalmente relacionada a ele. Que a alma dele descanse em paz."
Os procuradores de justiça Geraldo Araújo e Manoel Santino também estiveram no local. Araújo lembrou que foi nomeado por Almir ao encabeçar a lista tríplice para o cargo de procurador-geral do Ministério Público do Estado, pois foi o mais votado. "Eu conheci o Almir quando eu tinha 20 anos. Ele me tratou de uma doença pulmonar e me proibiu de fumar. Quando nos encontrávamos, eu dizia: ‘mas o senhor continua fumando’. Ele ria", lembrou. "Que Deus o tenha em bom lugar." Já Santino, que foi secretário especial de Defesa Social na gestão de Almir, disse que também entrou na política incentivado por ele. "O Pará perde um de seus grandes filhos", lamentou. Ele lembrou dos avanços com a criação do Centro Integrado de Operações (Ciop), que reúne as forças de segurança do Estado; o novo Centro de Perícias Renato Chaves; e a criação das zonas de policiamento.
Secretários - Amaro Klautau, que foi secretário de Transporte e de Esporte e Lazer na gestão de Almir, além de coordenador da macrodrenagem da Bacia do Una, lembra que o ex-governador inovou com a construção da Alça Viária, do Aeroporto Internacional de Belém e de vários aeródromos pelo interior; o término do Estádio do Mangueirão, iniciado 30 anos antes, e a transformação daquele espaço em estádio olímpico; a criação do "Fábrica de Ídolos" (Bolsa Talento), dos jogos indígenas e do Surfe da Pororoca. "Paulo Henrique Ganso, Lyoto Machida, Ulisses Pereira, Alan Fonteles e Larissa (vôlei) estiveram entre os beneficiários da Fábrica de Ídolos", contou. Já Paulo Sette Câmara, ex-secretário de Segurança Pública do governo Almir, lembra que ocupou o mesmo cargo no governo Alacid, quando Almir era secretário de saúde. (Amazônia – ORM)

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