sexta-feira, 2 de setembro de 2016

PREFEITO DE URUARÁ FOGE E DEIXA SERVIDOR PÚBLICO EM ESTADO DE EMERGÊNCIA


Foto: Everton Banha

Escolas sem funcionários, alunos sem aulas, salários atrasados, falta de merenda e transporte escolar, a EDUCAÇÃO PAROU na cidade de Uruará. Estes motivos foram determinantes para que servidores públicos, pais e alunos fossem às ruas reivindicar por seus direitos.

Gentileza gera gentileza! Pelo visto isto não funcionou por lá. A população cansada de realizar manifestações atrás de manifestações, se revoltou e partiu para ignorância também. Revoltados com tantos descasos na cidade, os manifestantes ocuparam o Palácio das Flores, prédio da prefeitura, penduraram faixas, queimaram lixo, outros se deslocaram até a residência do prefeito, quebraram câmeras de segurança, lâmpadas, janelas e o portão, reivindicando novamente em busca de soluções. Há relatos de que professores estavam pedindo cestas básicas para se manter, além do receio das famílias de baixa renda em perder o benefício do bolsa família por causa das aulas que estavam paralisadas.

CADÊ O PREFEITO QUE ESTAVA AQUI? Ele não aguentou a pressão e sumiu. Desde a manifestação realizada no dia 19 de agosto, o prefeito Everton Banha (SD), deixou o Palácio das Flores escoltado pela Polícia Militar, e ninguém nunca mais o viu, deixando os servidores públicos em estado de emergência.

Foto: Medida Liminar
Somente agora que as manifestações estão começando a surtir efeito. Justiça bloqueia verbas da prefeitura de Uruará para pagar salários de servidores públicos. A decisão liminar deferida pelo Juiz de Direito substituto da Comarca de Uruará, Michel Campelo, determina que “o Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal devem reter os valores presentes e futuros até ulterior deliberação para fins de pagamento dos salários de julho de 2016 e vincendos até dezembro de 2016, ressaltando que os referidos bancos não poderão realizar movimentação nas referidas contas da prefeitura sem a devida ordem judicial no que se refere aos valores bloqueados”.

 Ainda segundo a decisão do juiz, a administração municipal não honrou e nem cumpriu com seus compromissos de pagamento dos servidores públicos tanto da Educação quanto da Secretaria de Viação e Obras. De acordo com a investigação do MPE, os professores receberam salários até o mês de junho de 2016, com os dias de greve sendo descontados. Foram pagos cerca de onze dias de trabalho, ou seja, aproximadamente 30% da folha de pagamento de R$ 350 mil, quando o repasse do Fundo Municipal de Educação (Fundeb) ao município foi de quase R$ 3 milhões naquele mês. O prefeito afirmava não ter recursos para o município, o que não é verdade, pois só para a educação (FUNDEB), entraram nas contas da prefeitura mais de 18 milhões de reais.
Enquanto isso.. Alguém sabe do Prefeito?

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