sábado, 14 de setembro de 2013

Leia a Coluna da Vera Magalhães está ótima

Vera Magalhães, 39, é repórter especial da Folha em São Paulo. É jornalista de política desde 1993. Foi repórter da coluna Painel em Brasília e editora do caderno "Poder".
● Operação tapa-buraco - O governo estuda reavaliar investimentos no trecho da rodovia BR-262 que liga Minas Gerais ao Espírito Santo, que não teve nenhum interessado em leilão de ontem. Segundo participantes das negociações, uma das ideias aventadas é negociar para que a iniciativa privada faça toda a obra. Hoje, ela seria responsável pela parte de Minas Gerais, e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), pelo trecho do Espírito Santo. "Não podemos esperar mais", diz um palaciano. 
São eles - Membros do governo apontam ação conjunta do governador Renato Casagrande (PSB-ES), da deputada Rose de Freitas (PMDB) e do senador Ricardo Ferraço (PMDB) para melar o leilão. 
 Caderninho - Auxiliares de Dilma Rousseff lembram que Ferraço já jogou contra o governo no episódio da fuga do senador boliviano Roger Molina para o Brasil, que gerou um impasse diplomático. 
● Delay - Membros do Executivo lembram que o projeto foi lançado em outubro do ano passado e, em abril, foi anunciado que a obra seria licitada em setembro. As reclamações sobre o valor do pedágio só pipocaram em agosto e, até a véspera, empresas tinham interesse no leilão. 
● Origem - A lei 8.038, que dividiu o STF no debate sobre o cabimento de embargos infringentes no mensalão, foi relatada em comissão da Câmara, em 1989, pelo então deputado petista Sigmaringa Seixas, amigo de Lula e de vários ministros da corte. 
● Voz... - Em artigo publicado em janeiro deste ano, Luís Roberto Barroso escreveu: "Não é ruim que os juízes, antes de decidirem, olhem pela janela de seus gabinetes e levem em conta a realidade e o sentimento social". 
... das ruas - O ministro dizia, no entanto, que não pode haver "conversão do Judiciário em mais um canal da política majoritária, subserviente à opinião pública". E opinou que, no mensalão, o STF "aceitou e apreciou o papel de atender à demanda social". 
● Novato - Na sessão de anteontem, Barroso travou discussão com Marco Aurélio Mello em que disse que a corte não deveria se pautar pela "multidão" e que não se preocupa com a imprensa. 
● Cotoveladas - Reunião realizada esta semana em São Paulo para debater a reeleição de Dilma evidenciou a disputa de espaço entre o marqueteiro João Santana e o ex-ministro de Lula Franklin Martins, que voltou a opinar sobre a estratégia de comunicação do governo e do PT. 
● Digitais - Dirigentes petistas dizem que os conselhos de Franklin têm sido cada vez mais ouvidos no Palácio do Planalto. Creditam a ele o tom de Dilma nos pronunciamentos de TV e na relação com a base aliada depois dos protestos de junho. 
 Tropa - A irritação do PT com Eduardo Campos (PSB) não se limita a declarações do governador de Pernambuco contra a gestão Dilma. Os petistas acompanham todos os ataques feitos ao partido por aliados de Campos, como Beto Albuquerque, Carlos Siqueira e Márcio França. 
● Quase lá - A cúpula da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) acredita que é inevitável a assinatura de contrato entre o governo e a Técnica, subsidiária da Delta, para obras na SP-304, com valor estimado em R$ 60 milhões. Não há pedidos de revisão em andamento para a licitação. 
 Rock - bebê - Questionado por um seguidor no Twitter sobre sua opinião em relação à atuação de "black blocs" em manifestações, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) respondeu: "Leonardo, não sei o que são os black blocs'. É um grupo de rock?". 
● com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIANtiroteio - "Se o gigante não acordar e for para a rua, o Supremo, graças às últimas indicações de Dilma, vai colocar o mensalão para dormir." 
DO DEPUTADO RODRIGO MAIA (DEM-RJ), sobre a probabilidade de o STF aceitar, na próxima quarta-feira, a admissibilidade de embargos infringentes no caso. 
contraponto - Choque de gerações
Na segunda-feira, deputados discutiam a medida provisória 615, com mais de 26 temas e que trata de benefícios ao setor sucroalcooleiro. Era o último dia para a Câmara votar a tempo de que a MP chegasse ao Senado no prazo mínimo de sete dias antes de caducar, estipulado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Um jornalista perguntou a Renan Filho, que estava indo para a reunião de líderes negociar o tema:
--Seu pai não vai abrir exceção e mudar esse prazo?
O deputado federal respondeu:
--Ali não tem jeito. Só tem uma palavra: turrão!

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