segunda-feira, 8 de julho de 2013

ATÉ PARA SER BANDIDO TEM QUE TER ÉTICA - SATANÁS QUE MATOU GAROTO PODE SER MORTO POR BANDIDOS COM ÉTICA

PROCURADO POR MATAR GAROTO BRAYAN É AMEAÇADO DE MORTE, DIZ DELEGADO
Antonio Mestre Jr. falou que foi procurado por família de Diego Campos. Parentes querem que foragido se renda para não ser morto por bandidos.
Familiares de Diego Rocha Freitas Campos, de 20 anos, suspeito de ter matado com um tiro o garoto boliviano Brayan Yanarico Capcha, afirmaram à Polícia Civil que o jovem está sofrendo ameaças de morte. Campos está sendo procurado pela polícia desde o dia 28 junho quando Brayan foi morto durante um assalto à casa em que morava com os pais, na Zona Leste de São Paulo. Segundo o delegado Antonio Mestre Júnior, da 8ª Seccional São Mateus, na Zona Leste, a família afirma que os criminosos estariam dispostos a matar Campos por não tolerarem o assassinato de crianças na região.
Desde o início das investigações, a Polícia Civil já checou mais de 40 denúncias com possíveis endereços do esconderijo do fugitivo. Ainda segundo Mestre Júnior, parentes de Diego Campos contaram aos policiais que, desde o latrocínio, o foragido passou a ser ameaçado de morte por facções que atuam no local.
“O caminho mais seguro para ele [Campos] é o de se entregar para a Justiça ou para a polícia, até porque já que tivemos essa informação da família dele de que criminosos estão querendo matá-lo porque não tolerariam assassinatos de crianças”, afirmou o delegado, que também procura outro suspeito de participar do roubo seguido de morte.
Além de Campos, Wesley Soares Pedroso, de 19 anos, também é procurado pela polícia depois que teve o mandado de prisão temporária decretado e expedido pela Justiça. Outros três já haviam sido detidos pelo 49º Distrito Policial, São Mateus, por suspeita de envolvimento com o mesmo crime - Paulo Ricardo Martins, 19, e Felipe dos Santos Lima, 18, e um adolescente de 17 anos. O G1 não conseguiu localizar os parentes ou os advogados dos investigados para comentarem as acusações.
Máscaras de palhaço
Todos os cinco suspeitos são investigados como membros da quadrilha que usava máscaras de palhaço, armas e facas e invadiu a residência onde Brayan morava com os pais, Edberto Yanarico Quiuchaca, de 28 anos, e Veronica Capcha Mamani, 24 anos. O casal de costureiros e o filho bolivianos haviam deixado a região de La Paz há seis meses em busca de melhores condições de trabalho em São Paulo. Moravam num sobrado com outros compatriotas.
Apesar de ter pego R$ 4,5 mil das vítimas, a quadrilha queria mais dinheiro dos bolivianos. Como não tinham e Brayan chorava, um dos assaltantes atirou na cabeça do menino que estava no colo da mãe. Se estivesse vivo, o garoto completaria 6 anos no último sábado (6). Seu corpo foi enterrado no povoado onde morou na Bolívia. Depois do crime, os pais voltaram ao país de origem e não querem mais voltar ao Brasil.
Segundo Mestre Júnior, a família de Campos teria alertado o suspeito sobre as ameaças de morte por parte de outros criminosos e pedido para ele se entregar. “Que fique bem claro: não é a polícia que está negociando a rendição do foragido com ele. É a família dele quem nos procurou para falar que ele está sendo jurado de morte por outros bandidos e quer que ele se renda”, disse o delegado. “Nós não estamos falando com o suspeito, mas sim o procurando incansavelmente com diversas equipes policiais. Já foram mais de 40 endereços vasculhados”.
Suspeito
Campos já é conhecido da polícia por outros crimes. Condenado há oito anos de prisão por roubo, ele cumpria pena em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, até maio deste ano, quando saiu da prisão após receber o benefício da Justiça pela saída temporária no Dia das Mães. Deveria ter voltado ao presídio no dia 13 de maio, mas não retornou e passou a ser procurado como foragido.
Em entrevista ao Fantástico, o pai de Campos disse que o filho confessou o assassinato de Brayan, mas alegou que não tinha a intenção de matar a criança e que o disparo foi acidental.
“[Ele] falou que realmente atingiu a criança porque o boliviano quis tomar a arma dele, bateu no braço dele, a arma baixou e atingiu a criança. Ele estava com o dedo no gatilho, disparou”, afirmou o pai, que mora a menos de 20 metros da casa onde os bolivianos viviam e trabalhavam.
A reportagem do Fantástico também encontrou a namorada de Diego Campos, de 16 anos. Juntos desde 2010, eles têm um filho, de 1 ano. A moça fez um apelo. “Gostaria muito que ele se entregasse, para acabar tudo isso. Para ele dar a versão dele”, disse.
Segundo ela, Diego não era um rapaz violento dentro de casa. “Não. Diego não era violento dentro de casa. Ele era tranquilo, o Diego. Ele brincava com o bebê. O Diego sempre gostou de criança. Ele tem amor enorme por criança”, afirmou. (G1)

1 comentários:

Anônimo disse...

wesley já foi pro colo do capeta

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