segunda-feira, 17 de junho de 2013

PENSE NUM EVENTO SEM FUTURO É ESSA TAL CONFERÊNCIA DAS CIDADES - BAGUNÇA E EXCESSO DE DEMOCRACIA

BAGUNÇA E BATE-BOCA MARCAM O 2º DIA DO ENCONTRO 
A V Conferência das Cidades de Belém, criada para discutir as políticas de desenvolvimento da capital paraense, foi marcada pela desorganização e bate-boca no auditório principal do Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, ontem. As propostas dos grupos de trabalho para as áreas de saneamento, habitação, mobilidade urbana, trânsito e planejamento urbano ficaram emperradas em discussões partidárias e, para quem assistiu, a bagunça não refletiu a vontade de levar as sugestões adiante. Todas as propostas apresentadas durante o evento serão levadas para a conferência estadual, programada para o mês de setembro, no Hangar.
Desde ontem de manhã, os Grupos de Trabalho (GTs), formados por lideranças de comunidades e populares, sugeriram ações municipais, anotaram propostas e fizeram a aprovação entre os membros. O passo seguinte seria apresentar as propostas aprovadas em plenário para os demais grupos de trabalho. No entanto, alguns membros dos GTs fizeram oposição à redação das propostas e pediram mais uma rodada de aprovação. Com o número elevado de participantes de diversas áreas - saneamento e habitação, principalmente -, a organização da conferência desandou de tal forma que a discussão não teve sequência. O atraso de horas na apresentação de propostas também adiou a eleição dos delegados para a conferência estadual, prevista para as 18 horas, o que não aconteceu. Continue lendo...
"Os caras não sabem nem o que estão propondo. Ninguém chega a um consenso para sugerir ações do município para a federação. E os coordenadores do evento, que era para entrarem na discussão das propostas, nem ficam aqui e deixam essa bagunça acontecer. Ninguém entende ninguém e nada anda", reclama o participante do grupo de saneamento, Antônio Ferreira Silva.
Um dos eixos mais polêmicos, as poucas propostas para a Habitação apontam para a celebração do Convênio de Cooperação Técnica com entidades de trabalhadores e populares, objetivando a habitação das Organizações e do programa "Minha Casa, Minha Vida"; a elaboração de projetos habitacionais "exclusivos" para povos e comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas e ribeirinhas); e a regulamentação do Plano Diretor de Belém, "para que seja prioridade a política de redução do déficit qualitativo de infraestrutura". Além disso, os participantes pedem pela criação do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação e do cadastramento ao programa municipal "Minha Casa, Minha Vida".

Durante o evento, o secretário de habitação do Município de Belém, João Claudio Klautau, manteve o silêncio. (Amazônia – ORM)

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