terça-feira, 23 de abril de 2013

As Micros e Pequenas empresas precisam de garantias e em nosso sistema tributário não existem essas garantias procedimentais.

Admilton Almeida é consultor tributário, empresário, diretor do Jornal O Impacto de Santarém Pará.

O governo criou a Secretaria com status de Ministério da Micro e Pequena Empresa com a finalidade de incentivar a exportação e o desenvolvimento da economia e das empresas vinculadas. Esperamos que estenda os benefícios à redução dos encargos e tributos, uma vez que esses encargos prejudicam o crescimento das empresas, quando incluem os custos tributários no custo da produção. As normas devem ser claras e em conjunto com os Estados. O Estado do Pará não visa o crescimento dessas empresas, quando não acompanha o limite do simples nacional. O Governo Federal estipulou o valor como limite R$ 3.600,000, 00 e o Estado do Pará mantêm R$ 1.800.000,00 como limite. Não existe crescimento se o Estado do Pará não acompanha o limite do Governo Federal, forçando as empresas a serem excluídas do Simples Estadual para gerar maior arrecadação do ICMS.
Não existe crescimento com procedimentos diferenciados entre os estados e União. Não adianta crescer as receitas na esfera da União se o Estado estagna o seu limite forçando as empresas a serem excluídas do Simples Estadual visando apenas arrecadação. E em alguns casos, exigindo diferencial de alíquota e substituição tributária. Continue lendo...
Existem casos em que as mercadorias são retidas por simples falta de obrigações acessórias de fácil atendimento, enquanto a obrigação principal está regular. Falta o Estado disciplinar os servidores, que no cargo não possuem conhecimento suficiente para interpretação da legislação que hoje não serve mais como referencial, já que os tribunais decidem contra o entendimento dos servidores, corrigindo as lacunas que as leis tributárias deixam, já que são antigas e não acompanham a evolução da economia, prejudicando o crescimentos das empresas que procuram sobreviver através do Planejamento Tributário que hoje não atendem mais os procedimentos internos das empresas, sacrificadas pelas apresentações de formulários que ajudam apenas a fiscalização sem oferecer aos empresários incentivos proporcionais às normas criadas com obrigações principal e acessórias.
Não adianta criar um Ministério para incentivar a classe empresarial sem que esse Ministério discipline, através de lei, os incentivos fiscais, já que os empresários vão ficar vinculados às normas do Ministério da Fazenda, que continua com as mesmas normas que até hoje não ajudam as Micro e Pequenas Empresas.
O Ministério das Micro e Pequenas Empresas deve criar leis que vincule as empresas ao Ministério identificando os benefícios tributários e dos encargos sociais.
As Micros e Pequenas empresas precisam de garantias e em nosso sistema tributário não existem essas garantias procedimentais. É difícil ser empresário no Brasil com o sistema que o governo oferece. O governo sabe apertar quando cria sistemas e formulários vinculando informações entre os empresários e entre órgãos da administração pública, sem alterar o sistema tributário. Não pode o governo visar arrecadação com os novos procedimentos sem antes alterar alguns procedimentos técnicos que causam prejuízos à classe empresarial, não somente às Micros e Pequenas Empresas e sim a todos os empresários.

0 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...