terça-feira, 8 de janeiro de 2013

PREFEITOS TUCANOS EM PÉ DE GUERRA COM O PMDB


PMB PODE ANULAR CONTRATO 
Documento foi assinado por ex-prefeito e dispõe sobre tratamento de lixo no aterro sanitário do Aurá
As assessorias jurídicas das prefeituras de Belém e Ananindeua estudam medidas para anular o contrato feito com a S.A. Paulista, para explorar o tratamento do lixo de Belém no Aterro Sanitário do Aurá, assinado no final da gestão do ex-prefeito Duciomar Costa.
O anúncio foi divulgado no final da tarde de ontem, após reunião no Palácio Antônio Lemos, onde estiveram presentes os prefeitos da capital, Zenaldo Coutinho; de Ananindeua, Manoel Pioneiro; e representantes dos Ministérios Públicos Federal e Estadual; e secretários municipais. A assinatura da prestação de serviço da empresa paulista, feita no apagar das luzes da gestão anterior, está na ordem de R$ 832 mi e com duração de 25 anos. Outro assunto discutido no encontro dos gestores foi o andamento da Bus Rapid Transit (BRT).
"Queremos avançar o mais rápido possível com o BRT, com segurança e tranquilidade e com garantia de atender a Região Metropolitana de Belém de maneira integrada a todos os usuários", enfatizou o prefeito Zenaldo Coutinho, lembrando que o projeto é uma das preocupações de ação de seu governo.
Ele informou que há diligências solicitadas pelo Ministério Público Federal para saber sobre o desenvolvimento do projeto. Os pedidos já foram encaminhadas às secretarias envolvidas para que respondam ao órgão o mais breve possível, para dar continuidade à obra. Entretanto, não foi sinalizado prazo para a retomada das obras, apenas que será encaminhada a proposta de retirada das muretas de proteção enquanto não há uma definição de andamento, com o objetivo de melhorar o fluxo na avenida Almirante Barroso.
Na opinião do prefeito Manoel Pioneiro, a parceria iniciada com a reunião de ontem, aponta para um diálogo transparente para o bem estar da população, iniciando com ações integradas para solucionar entraves no sistema de transporte e do lixo e que deverá se estender para os demais setores.
A presidente da Companhia de Transportes de Belém (CTBel), Maísa Thobias, disse que o definido, até o momento, é uma avaliação em conjunto entre os municípios da RMB, desde a sua concepção, até a firmação dos contratos. Ela frisou que houve atropelos no desenvolvimento do projeto, inclusive, antes da construção do sistema, o que precisa ser também analisado.
Lixo - Outra questão considerada grave para ele na RMB é a busca de ações emergenciais para garantir corretamente o destino final do lixo. O promotor de Justiça do Estado, Raimundo Moraes, ressaltou que uma questão emergencial providenciar a anulação do contrato firmado com a S.A. Paulista e a recomendação do órgão é que a questão dos resíduos sólidos seja repensada. "Ou seja, que tenha um caráter responsável e com o controle da sociedade, para que se aponte de fato uma gestão metropolitana, com a inclusão das famílias de catadores, redução do volume do lixo e a destinação dos resíduos, por exemplo, para produção de energia elétrica".
O novo secretário de Saneamento, Luís Otávio Mota, entende que se não for anulado o contrato da empresa paulista, considerado inadequado ambientalmente e socialmente, "estaremos cometendo um crime ambiental". (Amazônia – ORM)

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